14/03/2019

Por que se automedicar pode ser perigoso?

Pare um instante para avaliar: alguma vez você já sentiu algum desconforto relacionado à saúde, como um resfriado, por exemplo, e tomou remédio sem prescrição médica? É bem provável que a resposta seja “sim”. Essa prática, embora perigosa, é mais comum do que se imagina no Brasil. Para ter ideia, uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade, apontou que 8 em cada 10 brasileiros costumam se automedicar. Por isso, separamos neste artigo as principais informações envolvendo a automedicação e os riscos que ela gera.

 

 

Por que se automedicar é um problema?

 
Basicamente, define-se como automedicação a seleção e o uso de medicamentos para tratar alguma condição ou sintoma que foi autodiagnosticado, ou seja, sem auxílio médico. Essa prática está longe de ser segura, entre os riscos potenciais estão:

 

  • autodiagnóstico incorreto;
  • atraso na busca de orientação médica;
  • reações adversas, como alergias;
  • interações medicamentosas perigosas;
  • dosagem incorreta;
  • escolha incorreta do tratamento;
  • mascaramento de uma doença grave;
  • risco de dependência e abuso do medicamento.

 

É importante saber que quando há mistura de vários tipos de medicamentos o risco de interações medicamentosas é grande, pois um medicamento pode influenciar no efeito do outro, afetando a eficácia e, até mesmo, aumentando a toxicidade de uma ou outra. De acordo com informações contidas em um estudo disponível na Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, ingerir medicamentos antiácidos, aqueles comumente usados para reduzir a acidez estomacal, em conjunto com medicamentos antidiabéticos, entre eles a glibenclamida, pode ter como consequência o baixo nível de açúcar no sangue.

 

No caso de ingerir a dose incorreta de um medicamento, além de não obter os resultados desejados, existe também a possibilidade de sofrer ainda mais por conta dos efeitos adversos que a ingestão equivocada pode gerar. No caso dos antibióticos, por exemplo, o fato de tomar quando não é necessário ou, então, ingerir quantidade incorreta, aumenta o risco de que os micro-organismos infecciosos fiquem mais resistentes ao medicamento.

 

Outro ponto perigoso é o fato de que o ato de se automedicar pode mascarar uma condição grave de saúde e atrasar o diagnóstico. Digamos que uma pessoa esteja com febre e dor de cabeça, então decide tomar um medicamento antitérmico por acreditar que não é nada grave. No entanto, o que essa pessoa tem é meningite. O medicamento possivelmente fará efeito e reduzirá a dor. A questão é que a meningite em si não será tratada de imediato e a detecção ocorrerá mais tarde do que deveria, o que pode levar à hospitalização.

 

Antes de ingerir medicação por conta própria, vale lembrar que muitas condições agudas, como um resfriado, desaparecem espontaneamente e não são necessárias medicações. Existem intervenções não farmacológicas, como a inalação de vapor e a ingestão de água morna que proporcionam alívio nos sintomas.

 

 
 

Converse com seu médico

 

É bem importante levar ao pé da letra aquela frase clássica “com saúde não se brinca”. Sempre que alguma condição ou sintoma não desaparecer, a decisão mais segura e inteligente é entrar em contato com o seu médico. Várias complicações de saúde quando diagnosticadas precocemente são possíveis de tratar de forma mais simples e rápida.

 

Agora que você já sabe por que se automedicar é um perigo, aproveite para conferir a rede credenciada Sidesc e identificar o médico mais próximo de você.

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