01/04/2020

4 fake news sobre o coronavírus e por que elas são falsas

Com o aumento do número de casos do novo coronavírus (COVID-19) pelo mundo, cresce também o número de informações e notícias falsas sobre a doença circulando pela internet, as famosas fake news.

Promessas de curas milagrosas, testes rápidos para a detecção da doença e boatos sobre formas de prevenção são propagados diariamente através das redes sociais. Além de colocar a saúde das pessoas em risco, essa desinformação ajuda a criar um clima de pânico e, assim, prejudica o trabalho conjunto de combate ao vírus.

Por isso, antes de clicar em “encaminhar”, procure checar em fontes confiáveis se aquela informação recebida é verdadeira ou não. Para ajudar você nesse processo, nesse 1º de abril separamos 4 fake news sobre o coronavírus e explicamos por que elas são falsas.

 

O coronavírus não sobrevive em temperaturas altas

Uma das fake news mais conhecidas durante a pandemia do novo coronavírus, a informação de que o vírus não sobreviveria em temperaturas altas foi utilizada até mesmo para tranquilizar as preocupações que surgiram quando o primeiro caso da doença foi confirmado no Brasil.

Não é possível afirmar que o vírus morre quando exposto a temperaturas altas, uma vez que a temperatura do corpo humano é 36ºC.

Além disso, pesquisas realizadas chegaram à conclusão de que, apesar de o coronavírus demonstrar uma preferência por condições como o frio e o tempo seco, isso não significa que o vírus não se propague também no calor.

Segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, com as evidências obtidas até agora, o vírus responsável pela COVID-19 pode ser transmitido em todas as áreas, incluindo áreas com clima quente e úmido.

 

A ingestão de alimentos alcalinos combate o coronavírus

A informação de que o pH do novo coronavírus varia entre 5,5 e 8,5 e que, dessa forma, ingerir alimentos com pH superior a esse valor é o suficiente para combater o vírus é falsa.

O pH é uma escala de 0 a 14 que mede a concentração de íons de hidrogênio, e serve para medir o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma solução ou substância.

Segundo virologistas, o pH de 5,5 não é do vírus em si, mas o que ele precisa encontrar no ambiente celular para se propagar. Porém, não é possível mudar o pH da sua garganta ou do seu pulmão (onde o vírus chega) com uma alimentação mais ácida ou mais básica.

Assim, alimentos alcalinos como limão, laranja, tangerina, manga, alho e abacaxi não são eficazes contra o coronavírus.

Neste momento, manter uma alimentação saudável fortalece o organismo e o sistema imunológico, além de melhorar a disposição e até mesmo a saúde mental durante o isolamento. Porém, é importante lembrar que não existe qualquer bebida, alimento ou vitamina capaz de eliminar o coronavírus, uma vez que a transmissão do vírus é respiratória.

 

O álcool em gel não funciona como forma de prevenção contra o coronavírus

Compartilhada nas redes sociais através de um vídeo, a informação de que o álcool em gel não tem nenhuma eficácia para prevenir o contágio do coronavírus também é fake news.

Segundo o vídeo em questão, o produto não seria efetivo porque o álcool não mata ou desinfeta, apenas esteriliza. Porém, o álcool em gel, feito a partir do etanol, é um antisséptico, ou seja, sua principal função é a de desinfetar a pele humana.

Outra informação falsa compartilhada no vídeo é a de que o álcool em gel 70% possui mais de 70% de água em sua composição. O 70% do rótulo na verdade significa que existem 70 partes de álcool para 100 do produto final. Ou seja, em cada 100ml de formulação em gel, 70ml são puro álcool.

De acordo com especialistas em química e em farmácia, o poder antisséptico do álcool 70% é totalmente comprovado cientificamente.

A lavagem de mãos com água e sabão e o uso do álcool em gel 70% são os procedimentos padrões recomendados por médicos para a prevenção de infecções não somente pelo coronavírus, mas também por outros agentes patogênicos.

 

Conseguir prender a respiração por mais de 10 segundos significa que você não está infectado pelo novo coronavírus

O teste é simples: basta respirar fundo e prender a respiração por mais de 10 segundos. Se você conseguir completá-lo com sucesso, sem tossir e sem sentir nenhum desconforto, isso prova que não há infecção em seus pulmões causada pelo coronavírus. Seria simples, se a informação não fosse falsa.

Não há nenhuma base científica para afirmar que, ao segurar a respiração por mais de 10 segundos, a ausência de tosse é o suficiente para descartar uma infecção pelo novo coronavírus. Na verdade, uma pessoa com qualquer tipo de pneumonia poderá ter tosse ou dificuldade para respirar realizando esse “teste”.

Apenas um teste de laboratório consegue identificar com segurança uma contaminação pelo novo coronavírus.

 

Seja responsável com você e com todos à sua volta. Não compartilhe fake news! Cheque sempre as informações que receber antes de compartilhá-las. Com informação e verdade, você se mantém protegido e cuida da sua saúde e de quem você mais ama 💛

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